VOU ENCONTRÁ-LA / PARTE 1
Samantha
estava estridente de felicidade. Ainda não conseguia assimilar que estava
finalmente ficando livre. Tomou mais um gole da tequila à sua mão, olhando para
as pessoas na pista de dança. A sensualidade e o ar pesado de tensão sexual
pairavam no ar, aquele era um local onde encontros se formavam a base de um
olhar, e uma noite de prazer era firmada. Não estava intencionada para uma
noite de sexo casual, mas certamente não se negaria a um prazer desconhecido e
momentâneo. Não era daquilo, aliás, fora toda a vida muito certinha, e depois
de passar quatro anos presa a toda essa etiqueta moral, estava pronta para se
deixar ir – pelo menos por uma noite. Virou-se para o garçom sarado e pediu
mais um shot.
- Já é o
quinto shot que a vejo pedir. – Uma
voz grave ressoou a seu lado. Ela se virou rapidamente, buscando a pessoa que
falara.
O garçom
chegou bem no instante em que ela encontrou os olhos verdes escuros dele. O
homem a seu lado era louro, forte e quase um deus de tanta beleza. Samantha
olhou-o demoradamente, seguindo os traços de seus músculos sobre a camisa
social e a gravata frouxa sob o colarinho aberto. Seguiu os contornos de seu
rosto austero, nariz fino, boca suculenta e olhos famintos. Não conseguia
entender como não o havia percebido.
- Estou
comemorando – Sam conseguiu dizer, depois de uma pausa contemplativa.
- Uhm – ele
se aproximou, trazendo o banco comprido consigo. – Me permite perguntar pelo quê?
- Bem... -
Abriu um sorriso estrídulo, era tanta felicidade que esperava que
transbordasse. – Estou comemorando um divórcio.
O homem louro
riu.
- Geralmente
pessoas não ficam tão alegres pelo fim de um casamento...
- Eu estou.
Ainda não consigo acreditar que daqui uma semana estarei livre de Rhaego.
- Percebi –
ele disse, mostrando seus dentes brancos em um sorriso.
- E você?
Está comemorando algo ou só está aqui pela cerveja belga? – ele riu novamente.
- Pode se
dizer que estou comemorando...
- Me permite
perguntar pelo quê? – ela o repetiu, passando os dedos no pequeno copo de
tequila sobre a bancada do bar.
- Uma filha.
- Uma filha?
– Sam desanimou, mas não demonstrou. – Meus parabéns, então...
- Obrigada –
o homem deu um gole em seu gim tônico.
Samantha
observou a mão esquerda dele assim que levantou o copo da bebida à boca.
- Então,
senhor misterioso... – o homem deu uma risadinha – É casado e tirou a aliança
antes de vir à boate ou é gay?
Ele a olhou
espantando e depois caiu na gargalhada, espalhando pelo ar sua risada rouca.
- Não sou
gay... – ele enfatizou - E bem, quase me casei, mas merdas acontecem.
- Ah, sinto
muito...
- Não sinta.
Ela se apaixonou por outro homem. E sinceramente? Estou feliz por ela.
- Então é pai
solteiro?
- Ah não. –
ele respondeu, franzindo o cenho. Samantha levou um susto.
- Não?
- Minha filha
ainda não nasceu. Portanto, ainda não sou pai. – Ela expirou baixinho,
aliviada.
- Por quê? –
ele perguntou, trazendo seu corpo mais para perto, fazendo-a notar suas
sobrancelhas louras e seus olhos verdes rapinos.
- Acredito
que deva ter uma ideia, senhor misterioso.
- Na verdade,
tenho várias ideias. – levantou-se do banco e se aproximou dela, o bastante
para sentir o aroma sutil de eucalipto que exalava do cabelo
castanho-avermelhado de Samantha.
Ela pegou seu
shot de tequila e entornou de uma
vez, sem tirar os olhos dos dele.
- Onde? – ela
perguntou.
- Pode ser na
sua casa, se quiser... – sugeriu.
- Não dá.
Estou ficando no apartamento de uma amiga. Vem comigo.
Levantou-se,
dando um pouco de espaço dele e saiu em direção de um vão separado da pista de
dança e do bar, era um local escuro, grande, um vão entre a escada que dava
para os camarotes Vips e os banheiros inferiores. Seria perfeito para o que
queriam.
O homem louro
a seguiu, abrindo a carteira e colocando duas notas de cem no balcão antes de
sair. Assim que chegou ao vão escuro, Samantha se virou para ele, que dava
longas passadas, olhando de um lado pra outro se certificando da privacidade.
Sam deu dois
passos para trás, vendo-o vir ávido para cima dela, com seus passos longos.
Encontrou a parede escura ao fim do segundo passo dado, e não tinha mais volta.
O homem misterioso já estava sobre ela, a centímetros de sua boca.
- Já fez isso
antes? – ele perguntou para ela, inspirando o ar que ela exalava.
- O quê? Sexo
exibicionista?
- Isso... –
ele se aproximou mais.
- Sim. –
Samantha expirou momentaneamente sufocada com a presença imponente dele.
- Ótimo – o homem disse, capturando a boca
dela num ímpeto selvagem, sem pedir licença para enfiar sua língua dentro do
vale molhado e saboroso dos lábios dela. Samantha era quente e doce, com um
gosto de quero mais. Era viciante.
Ela
incentivou-o buscando suas mãos e o fazendo colocar em sua cintura, apertando
ainda mais a proximidade, fazendo-os ficarem mais colados ainda. O louro passou
a mão pela cintura fina e magra dela e desceu seus dedos até encontrarem sua
bunda firme. Ele passou as mãos pelas nádegas e a trouxe para si, fazendo-a
colocar os pés sobre seu quadril estreito, friccionando seu pau ereto nela. Ela
passou os braços pelo pescoço dele quando ele deixou sua boca, descendo para o
pescoço e queixo, fazendo-a arfar com lambidas e mordidas sensuais.
Ele passou
uma das mãos no meio dos corpos e desceu pelo corpo curvilíneo dela, puxando o
vestido curto para cima, buscando outro vale molhado, só que ainda mais doce.
Ele passou os dedos sob a calcinha de renda molhada, sentindo o calor que a
bucetinha quente emanava.
- Ah! – ela
gemeu, sentindo-o friccionar o polegar em seu clitóris enquanto mordia seu
ombro. Sam deslizou os braços pelas costas largas dele e agarrou sua bunda
musculosa, o aproximando de seu ventre.
- Vamos,
quero você dentro! – ela arfou, passando a mão direita no pau duro dele,
pegando o botão da calça social e o abrindo, descendo o zíper em seguida.
Colocou seus dedos para dentro da calça e puxou o pau duro dele para fora.
Estava escuro ali, mas ela pode ver claramente o quanto ele era grande e
grosso, e o peso em sua mão não negava isso. Ele deu um suspiro rouco quando
Samantha começou a masturbá-lo lentamente. O louro deu um grunhido sensual,
mordendo o queixo dela e com apenas um braço a segurou, enquanto apanhava algo
no bolso traseiro da calça. Puxou o preservativo e o rasgou com os dentes. Ela
tirou suas mãos do pau dele rapidamente enquanto ele – com uma só mão –
colocava a camisinha habilmente em seu pau enorme. Sam o olhou rapidamente
quando ele terminou, concluindo que ele fazia aquilo constantemente. Não se
sentiu ofendida, nem nada disso. Ficou até aliviada por ter encontrado um cara
que saberia o que fazer. Já estava há tanto tempo no celibato que estava quase
subindo pelas paredes por um bom sexo, mesmo que sem preliminares e afins.
Ele subiu
ainda mais o vestido lilás dela, que era de pano fino, e afastou para o ladinho
a calcinha de renda, esfregando seu pau ereto na entrada úmida dela.
- Isso vai
ser gostoso... – ele sussurrou, abaixando para abocanhar o seio dela sob o
vestido. Ela estava sem sutiã, o que facilitava.
O louro
empurrou fortemente o pau dentro e Sam sentiu-se alargar com o movimento. Foi
um impulso selvagem e delicioso. Sentiu uma pontada de dor, pois ele era muito
grande, mas logo passou com a presença gostosa dele dentro de si. Ele deu outra
estocada, fazendo-a sentir toda sua extensão e excitação. Samantha arqueou o
corpo e apoiou a cabeça na parede, tentando abafar seus gemidos. Nem viu quando
ele puxou de uma vez a frente de seu vestido, fazendo um rasgo irreparável.
Só sentiu a
boca dele finalmente em seus mamilos que gritavam por atenção. Ele a
impulsionava firme com as estocadas fundas de seu pau dentro de si, fazendo
escorregar para cima e para baixo na parede áspera. Ele estocava fundo enquanto
sugava sem dó seus seios, passando de um para o outro, dando alguns suspiros
roucos enquanto não parava de se movimentar dentro dela. Ela era aveludada,
apertada e quente. Nunca havia sentindo seu pau tão ordenhado quanto naquela
mulher. E ela continuava apertando suas unhas na bunda esguia dele, fazendo-o
entrar ainda mais fundo, impulsionando-a mais para cima.
- Mais! – ela
pediu, sem fôlego.
O homem
movimentou duramente seu quadril para cima, empurrando o que tinha tirado tudo
de uma só vez. Samantha soltou um gemido alto, incontrolável, prestes a ceder
no orgasmo. Ela começou a tremer enquanto ele agarrava a bunda dela bem alto,
enfiando forte seu pau, enquanto os seios dela balançavam com o movimento
brusco. Ele olhou ao rosto dela e a viu com as pálpebras fechadas chegando ao
ápice do prazer – assim como ele – com um gritinho abafado, mordendo seu lábio
inferior.
Quando sentiu
que ia gozar, pensou em se afastar, pois apesar de estar usando camisinha, não
confiava em gozar dentro. Mas com Samantha estava sendo diferente, ele a
observou tão inerte e deliciada em sua fase pós-orgasmo que quis o mesmo, e com
propriedade. Gozou lentamente dentro dela, soltando um rosnado baixo, buscando
violentamente a boca dela e atacando-a com sua língua a ponto de deixá-la sem
ar.
Afastou-se
ligeiramente, permitindo que ela recuperasse um pouco do fôlego perdido. Sam deu
um sorriso grande, passando as mãos pelas costas dele.
- Isso foi
delicioso! – ela concordou baixinho com o que ele havia falado antes de
começarem.
Ele
abaixou-se a capturou mais uma vez os lábios avermelhados dela. Sentia que
ainda estava excitada – assim como ele, seu pau ainda estava duro.
- Preciso
tirar a camisinha... – ele disse relutante. Não queria sair dali e se desfazer
daquela posição maravilhosa. Queria rasgar o restante do vestido dela, jogá-la
no chão e foder aquela mulher até os dois não conseguirem mais respirar.
- Tudo bem –
sussurrou. Ele foi deslizando para fora dela lentamente, fazendo-a sentir sua
extensão novamente e o pulsar do desejo. O louro tirou um lenço de seda do
bolso direito da calça e enrolou a camisinha lá, depositando-o novamente ao
bolso, e aprumando a calça. Samantha deu uma boa olhada nele antes de reparar
que estava toda descomposta. Abaixou o vestido e analisou o rasgo na parte do
busto.
-
Desculpe-me... – ele disse, observando que ela olhava para a abertura feita no
tecido de modo desesperançado. Não havia como mandar costurar novamente nem
algo do tipo, era o tipo de dano irreparável. O centro do decote havia sido
puxado de modo que levava até o meio da cintura.
- Não tem
problema – ela olhou para ele, puxando o tecido para que cobrisse os seios
desnudos.
- Eu te levo
em casa – falou, olhando para ela e para os modos tímidos – súbitos. O efeito
da tequila parecia ter se dissipado.
- Não
precisa, vou de táxi – Sam deu um daqueles seus sorrisões. Com uma mão segurou
o rasgo do vestido e a outra passou a mão em seus cabelos que iam um pouco
antes dos ombros, fazendo o melhor que podia para domá-los.
- De modo
algum. Não posso deixá-la sair daqui neste estado... – Sam deu um passo pra
frente, dando a volta sob o corpo maciço daquele homem maravilhoso.
- Estou bem –
falou decidida, dando alguns passos em direção à claridade. Fugindo do olhar
verde inquisitivo.
Samantha
seguiu apressadamente, não ouvindo o ressoar seus sapatos caros pela pista
barulhenta, de cabeça baixa chegou até o guarda volumes, pegando sua bolsa – e
graças, seu casaco. O vestiu, abotoando por cima do vestido em trapos. Pegou a
bolsa e rumou para fora, sem perceber o que o homem misterioso a seguia.
Estava
chovendo quando chegou lá fora.
- Espere –
ele gritou sob as gotas de chuva. Sam olhou para trás e virou-se rapidamente
para um táxi amarelo que estava chegando. Precisava sair dali rapido. Fora um
sexo maravilhoso, tinha de admitir, um dos melhores da sua vida – se não O
melhor. Mas não podia se deixar levar por aquele homem que era claramente só
mais um cafajeste, e de cafajeste já bastava seu futuro ex-marido. Uma semana, e finalmente se livraria dele. Não
queria outro cercando-a.
Ele a
alcançou antes do táxi estacionar ao lado dela. Puxou seu antebraço, fazendo-a
olhar em seus olhos abaixo as gotículas da chuva forte.
- Me deixe
pagar-lhe outro vestido...
- Não me
ofenda – ela se virou para ele.
- Onde eu
posso encontrá-la então? – ele falou alto, estava chovendo muito.
- Foi um
ótimo sexo, mas acaba aqui. – Sam deu um sorriso a ele, se soltando do aperto
dele e abrindo a porta do táxi.
- Você tem um
nome? – falou antes de ela sentar no banco do carro.
Samantha o
olhou e sorriu novamente. Nunca iria esquecer-se dos olhos verdes-escuros dele
diante à chuva forte.
- Sim, eu
tenho. – Meneou a cabeça para o taxista, que arrancou voltando para as ruas
lotadas da cidade, deixando-o olhar o ponto amarelo sumir à meio de um temporal
e um trânsito caótico. Ele nunca se esqueceria dos olhos cor de mel dela.
Um clarão
desceu, e logo após o trovão ressoou.
Ele a
encontraria.
Essa foi a
promessa que o louro fez naquela noite.
Sim, queridas, há mais. Em breve.
Para saber sobre esta história contate a autora em facebook.com/autorahelenalopes ou mande e-mail para autorahelenalopes@gmail.com
Sim, queridas, há mais. Em breve.
Para saber sobre esta história contate a autora em facebook.com/autorahelenalopes ou mande e-mail para autorahelenalopes@gmail.com
Obrigada por ler 🌹
0 comentários: